Michael e a família Cascio

Michael e a família Cascio: uma história especial

¨Em meados dos anos oitenta, Michael Jackson desfrutava de sucesso e popularidade sem precedentes. O passo moonwalk já estava em seus pés, o álbum Thriller fazia história e oito Grammys já haviam passado por suas mãos, em uma única noite.

Paralelamente, Michael esava próximo a dar um grande salto humanitário com a música We Are The World.

No entanto, as coisas não funcionavam assim.

Apesar de Michael ter 'o mundo aos seus pés', ele sentia a necessodade de ter amigos que não faziam parte do meio artístico, necessitava ter amizades com pessoas anônimas, e que não o vissem como um pop star, uma celebridade, mas simplesmente como o ser humano Michael.

Foi na época de Thriller que Michael costumava andar pelas ruas à procura de alguém com quem pudesse conversar, conforme ele relatou anos mais tarde, durante as conversas que confiou ao rabino Shmuley Boteach.

Trecho:

(...) MJ: Eu costumava andar pelas ruas procurando alguém para conversar. Eu te disse isso.

SB: Quantos anos você tinha?

MJ: Foi durante a época de Thriller.

SB: Então você era a maior estrela do mundo e...

MJ: Eu estava procurando alguém para conversar. Eu era tão solitário que chorava no quarto. Eu pensava: "É isso. Eu vou sair daqui!" E eu saia pelas ruas. Eu me lembro de perguntar para pessoas: "Quer ser meu amigo?"

SB: Eles provavelmente ficavam em choque.

MJ: Eles ficavam assim: "Michael Jackson!" E eu pensava: "Oh Deus! Eles vão ser meus amigos só porque eu sou Michael Jackson? Ou por apenas por mim?" Eu só queria alguém com quem conversar.(...)


Foi exatamente nesta época que Michael viria a conhecer a família Cascio, conforme conta Frank Cascio em seu livro My Friend Michael.

"Ele era, aos 27 anos de idade, um artista de renome mundial e seu mais recente álbum, Thriller, era o álbum mais vendido de todos os tempos - um recorde que ainda se mantém, conforme registros."

A família Cascio foi a família preparada e estruturada para receber e ser recebida, acolher e ser acolhida por Michael Jackson. Com esta família ele manteve laços estreitos de amizade por mais de 25 anos.

E, não por acaso, foi considerada por ele, como sua SEGUNDA FAMÍLIA, a família que ele tanto precisava fora do seu mundo musical, o mundo que ele cresceu.

Em seu álbum Number Ones em 2003, Michael agradeceu de forma discreta, mas especial, à família Cascio com os seguintes dizeres:

"To my 'other' family - thanks and gratitude for your love... your support... and for always being there for me... and for my children... Love, Michael Jackson." ("Para minha 'outra família'- agradecimentos e gratidão por seu amor... seu apoio... e por sempre estarem lá por mim... e por meus filhos... Amor, Michael Jackson").

Em sua sensibilidade, Michael, talvez por sentir tanto a falta de um relacionamento pessoal mais próximo com seu pai, se identificou com Dominic Cascio e, por consequência, desejou conhecer toda a família. Uma família sólida, com valores e sentimentos próximos aos seus.

Em todos esses anos, não existe uma única mácula, um único sinal, um único acontecimento que vincule qualquer membro desta família a qualquer tipo de interesses na fama e fortuna de Michael, nem tampouco, de traições a ele.

Michael viveu uma vida comum junto com uma família comum, sem ninguém vinculado ao meio artístico. Era a família perfeita para que ele pudesse se sentir apenas como um cidadão comum, longe do showbusiness. Atrás dos portões da casa dos Cascio, Michael não era o artista, mas somente o Michael.

O livro My Friend Michael nos permite viajar para o mundo particular de Michael e ser parte dele. E através dele podemos, também, trazer Michael para o nosso mundo, o mundo dos não famosos. Assim, nossas vidas se entrelaçam com a vida de Michael.

Quem de nós não gostaría de receber Michael em nossa casa, da mesma forma que ocorreu com esta família?

Quem de nós não gostaría de ser a pessoa de sua confiança, a pessoa com quem ele se sentisse confortável e protegido e que ele pudesse ser ELE MESMO?

Um fato muito importante e uma prova da honestidade desta família é quando Frank conta quando esteve na casa de Michael pela primeira vez. Isso ocorreu somente 9 ANOS APÓS ele e sua família terem conhecido Michael, uma vez que eles se conheceram em 1984 e a primeira vez que foram convidados de Michael, ocorreu somente em 1993, apesar de Michael viver regularmente no seu rancho no início de 1989, após a turnê Bad.

É fato, também, que quando eles visitaram o rancho pela primeira vez, a mãe de Frank já tinha todos os seus filhos: Frank, Eddie, Marie Nicole, Dominic e Aldo, o que confirma que a visita a Michael demorou a acontecer.

Em uma das partes do livro, Frank conta que quando estava na sétima série, ele e seu irmão Eddie só foram permitidos voltar a Neverland assim que estivessem de férias.

Então, qual era a agenda desta família com Michael a não ser uma amizade sincera?

E quantos de nós não gostaríamos de conhecer um lugar como Neverland, sabedores de que era Michael quem vivia ali? Quantos de nós não gostaríamos de ter a experiência que esta família teve... e sermos recepcionados com um "Bem-vindos a Neverland"?

Quantos de nós não gostaríamos de passar aniversários e Natais com Michael, recebendo-o em nossa casa ou sendo recebidos por ele?

Quantos de nós não gostaríamos de dar proteção a Michael, hspedando-o em nossa casa por meses em um período tão difícil de sua vida, em que ele havia deixado o lugar que mais amava, a sua Neverland?

E qualquer um de nós não ficaria lisonjeado e orgulhoso de Michael confiar em nos delegar cuidados de seus filhos? Tudo isso e muito mais, foi o que esta família viveu ao lado de Michael.

Frank Cascio relata, no livro, de forma objetiva e direta, a real e verdadeira Neverland, um lugar que não tinha nada de estranho, sinistro, perigoso e/ou assustador, mas sim um lugar onde qualquer pessoa no mundo gostaria de conhecer e viver. 

Um lugar onde se cultivou e ensinou a unidade familiar, o amor e o respeito pelas crianças e animais. Um lugar que simbolizava o amor de Michael à natureza. Um lugar para se dividir com as pessoas, com Michael abrindo mão de sua própria privacidade em benefício de seu trabalho humanitário.

Frank igualmente explica de forma natural e simples, a vida de Michael em companhia de crianças, sendo todos os CINCO irmãos, TESTEMUNHAS DA INOCÊNCIA DE MICHAEL, fato que nós, fãs que o amamos e respeitamos, sempre fomos sabedores, sem precisarmos de intermediários a nos provar o que os olhos, o coração e a alma de Michael sempre nos contou.

Mas, aos olhos de grande parte do mundo, envenenados pela mídia cruel e perversa, tais relatos são, sim, de fundamental importância.

Vê-se no livro que Frank Cascio, de forma particular, foi, de todos os filhos de Dominic e Connie Cascio, o mais próximo a Michael, vindo a trabalhar com ele. Mero acaso? Claro que não.

Ele testemunhou e viveu os anos mais difíceis e de maior sofrimento de Michael, cuidando de Michael e sofrendo junto com ele. A necessidade de ajudar Michael fez com que Frank aprendesse tudo sozinho, pessoal e profissionalmente conforme as circunstâncias lhe exigiram.

Ele esteve ali, na hora certa para Michael, e apesar de ser ainda muito jovem, teve que lidar com a engrenagem do showbusiness, e enfrentar os aproveitadores que trabalhavam para Michael.

Esta família foi, aos meus olhos, uma família designada por Deus, para ficar ao lado de Michael durante todos esses anos.

Michael Jackson, por sua vez, não teria cultivado a amizade com uma família por mais de vinte e cinco anos, se não fosse especial e significativo para sua vida. Basta conhecer um pouco sobre Michael para saber que isso jamais teria acontecido.

Com o calvário de Michael nas acusações de 2003, Frank, por consequência de um processo doloroso e sem precedentes na história jurídica americana naquele que foi chamado de O Julgamento do Século, também precisou arcar com o ônus desse processo infame, sendo, de forma proposital e deliberada, acusado como um dos co-conspiradores pelos abutres que acusavam Michael.

Devido às graves circunstâncias em que tudo ocorreu, o afastamento forçado que houve entre ambos devido ao processo judicial, tornou-se um distanciamento, uma situação ocorrida pela falha e falta de comuniçação entre ambos.

Mas, para aqueles que são verdadeiros amigos, não ha barreiras e impedimentos que durem para sempre. Veio,assim, a reconciliação.

Michael e a família Cascio: uma história especial

O livro My Friend Michael, assim como o álbum Michael, lançado em 2010, com três das músicas gravadas por Michael no estúdio da família Cascio - não por um outro mero acaso, o estúdio era o antigo quarto de Frank Cascio - representam uma grande e importante parte do legado de Michael. 

São partes da história de Michael compartilhada com os fãs e o mundo e que revelam o verdadeiro homem, o ser humano Michael Jackson.

Para quem duvida da autenticidade do álbum Michael, mais especificamente, das três músicas gravadas com Eddie Cascio, deixo um fato que faz toda a diferença: o rosto dos três filhos de Michael no álbum.


Se as músicas fossem falsas, tal fato não seria permitido pela própria família.

A família Cascio poderia ficar com todos esses materiais apenas para eles, como suas próprias lembranças de Michael, mas quiseram e optaram por compartilhá-los com o mundo.

De forma inédita, em primeiríssima mão na Internet e particularmente aqui no nosso Brasil, todos esses materiais, contendo o livro, vídeos e entrevistas estão reunidos em uma página exclusiva sobre Michael e a família Cascio, como parte do blog-homenagem Cartas Para Michael, criado e administrado por minha amiga Rosane.

É uma honra para nós, brasileiros, podermos desfrutar e compartilhar esta parte do legado de Michael.

Obrigada por esta oportunidade de escrever sobre Michael e a família Cascio, um tema que, em particular, sempre me interessou, pois considero de extrema importância para todos nós que queremos e lutamos para que o nome, o caráter e a imagem de Michael Jackson sejam definitivamente restabelecidos perante o mundo, limpando, assim, toda a sujeira que os difamadores e acusadores jogaram deliberadamente sobre ele.

Wendy

Editorial escrito especialmente para este blog.
Obrigada, Wendy! 
Rosane